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Filho da rainha D. Maria Pia e de D. Luís I, penúltimo rei de Portugal e figura histórica de vulto do seu tempo, D. Carlos I reinou de 1889 a 1908, num dos mais conturbados períodos da vida política nacional.

Apesar de desfrutar de elevado prestígio internacional, mercê da sua notável ação diplomática e da importante obra artística e científica que desenvolveu, a sua riquíssima personalidade ficou quase desconhecida da grande maioria dos Portugueses da época.

 

D. Carlos I de Bragança era dotado de uma personalidade invulgar e possuía várias aptidões que brilhantemente soube exercitar. Hábil diplomata e reputado naturalista oceanográfico,

foi igualmente um notável desportista e realizou ensaios notáveis na área de cerâmica.

 

Foi ainda um amante da fotografia e autor do espólio fotográfico da Família Real. Foi também um pintor de talento, com preferências por aguarelas de pássaros, escolha esta que refletia outra das suas paixões, a ornitologia.

 

Alguns trabalhos oceanográficos realizados por D. Carlos I, ou por ele patrocinados, foram pioneiros na oceanografia mundial. Honrando esta faceta do monarca, a Armada Portuguesa opera atualmente um navio oceanográfico com o nome de D. Carlos I.

 

Carlos foi também um excelente agricultor, tendo tornado rentáveis as seculares propriedades da Casa de Bragança e tendo também organizado uma excelente ganadaria e incentivado a preservação dos prestigiados cavalos de Alter.

 

A 1 de fevereiro de 1908, quando D. Carlos regressava com a família de uma temporada no Palácio Ducal de Vila Viçosa, foi brutalmente assassinado no Terreiro do Paço, juntamente com o príncipe herdeiro D. Luís Filipe de Bragança. O infante Manuel, e que viria a ser o último Rei de Portugal, foi apenas ferido num braço. Os assassinos foram mortos no local por membros da guarda real e reconhecidos posteriormente como membros do movimento Republicano.

 

A morte do rei D. Carlos aos 44 anos e do príncipe real indignaram toda a Europa e, só após a sua morte, a Nação viria a reconhecer o alto mérito do Soberano que tão injustamente condenou e que, afinal, foi a principal vítima dos erros que vinham de longe.

 

Foi cognominado "o Diplomata" devido às múltiplas visitas internacionais que realizou, "o Martirizado" e "o Mártir", em virtude de ter morrido assassinado, e também o “Oceanógrafo”, pela sua paixão pela oceanografia.

 

Jaz no Panteão Real da Dinastia de Bragança, no Mosteiro de São Vicente de Fora, em Lisboa, ao lado do filho que com ele foi assassinado, D. Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal.

PATRONO

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